Bombardeios, refugiados, armas nucleares, cessar-fogo. Há 20 dias essas palavras passaram a fazer parte do cotidiano mundial. Casa estraçalhadas, pessoas feridas, tanques de guerra nas ruas. As fotos do horror da guerra rodam o planeta Nesta terça-feira (15/3), a invasão russa completa 20 dias. São quase três semanas de medo, traumas, riscos infinitos, prejuízos financeiros e uma grande instabilidade internacional. Os ucranianos são, sem dúvidas, os mais atingidos. Mas a guerra já deixa marcas indeléveis no mundo. Também nesta terça-feira, russos e ucranianos voltam a conversar numa tentativa de um acordo de cessar-fogo. Todas as outras reuniões fracassaram.
Os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, travam, além o embate militar, uma guerra de narrativas com graves acusações.
Uma coisa é certa: alguém precisa parar a guerra. Neste período, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), agência de refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU), 2,5 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia. O número pode mais do que dobrar.
Para marcar a data, os 20 pontos mais marcantes do conflito russo-ucraniano. Confira, a seguir.
Conflito foi desencadeado pelo desejo da Ucrânia em entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), grupo militar coordenado pelos Estados Unidos.
Vladimir Putin ordenou invasão na madrugada de 24 de fevereiro.
Volodymyr Zelensky pede apoio internacional para defesa do país.
Ucrânia decreta o rompimento das relações diplomáticas com a Rússia e distribui 10 mil fuzis a civis.
Sitiada, Kiev é invadida por tropas russas.
Com tensão em alta, TV ucraniana ensina a população a produzir coquetéis molotov.
ONU, Otan e União Europeia discutem represálias contra a Rússia.
Hospital, orfanato, prédios e escola se tornam alvo de mísseis russos. Civis entram na mira.
Bancos russos são excluídos do Swift, maior sistema bancário global.
Ucrânia é atacada por Belarus, país aliado da Rússia.
ONU aprova resolução contra Rússia por guerra na Ucrânia.
Ucrânia pede “corredor verde” para refugiados após aumento de ataques.
Corredor humanitário para a retirada de civis da zona de conflito não dá certo.
Estados Unidos proíbem empresas norte-americanas de comprarem petróleo russo. Outros produtos são boicotados.
Exército russo intensifica ataques e Vladimir Putin cogita usar armas nucleares.
Empresas suspendem operações na Rússia.
Russos sentem impactos das sanções internacionais: inflação, desvalorização da moeda e falta de produtos.
No Brasil, FAB repatria brasileiros e preço da gasolina dispara.
ONU alerta para uso de armas nucleares na guerra.
Volodymyr Zelensky fará discurso em sessão conjunta do Congresso dos EUA na 4ª.